Por 194 votos contra 54, o grupo liderado por Andres Sanches impôs uma derrota humilhante para os “corinthianos obsessivos’ de Mario Gobbi.
Gobbi, que entrou na disputa acreditando que os 200 conselheiros eleitos consigo eram leais, assistiu “in loco” a divisão de seu grupo, orquestrada, a mando de Sanches, pelo trabalho de articulação do empresário da “sorte”, e do desmanche, André Negão.
O grande perdedor da noite foi o Corinthians, que viu propostas importantes serem engavetadas, como, por exemplo, a proporcionalidade de conselheiros, mantendo-se o esquema “chapão”, absolutamente ditatorial, além da remuneração de dirigentes, incomoda para os que preferem “levar por fora”.
Outros derrotados, entre os mais expressivos, foram, além de Gobbi, o Dr. Sergio Alvarenga, líder “obsessivo” e também os desembargadores Ademir Benedito e Guilherme Strenger, que conduziram a reunião para ajudar a atual gestão, porém, desastrados, mais pareciam donos de um circo mal ensaiado.
Certo é que os tais “obsessivos” perceberam ontem que a prepotência com que agem no poder não foi amparada pelo próprio grupo, que se dividiu.
Razão pela qual não se afasta a hipótese de, nos próximos meses, os mesmos que lutaram para expulsar os “apelidados” do convívio no Parque São Jorge, passem novamente a adulá-los, na tentativa de se manter sempre no grupo do “poder”.
O DESTEMPERO DE GOBBI COM ANDRES SANCHES
A até então convivência pacífica, apenas para a mídia ver, foi quebrada, com centenas de testemunhas, após Mario Gobbi, atual presidente, escutar a explanação de Andres Sanches e se indignar.
Os gritos podiam ser escutados da piscina do Parque São Jorge.
“Eu não sou homem de mudar o que penso”.
“Não sou duas caras”.
“Sou homem de uma palavra só”.
A reação do delegado foi tão violenta que até algumas pessoas que provavelmente votariam com seu grupo, assustadas (principalmente os de idade mais avançada) retiraram-se do local antes da votação.
Sanches, malandro, ironizava a situação, fingindo tom conciliador, mas sabedor de antemão que o trabalho de bastidores de André Negão já havia lhe garantido o triunfo.
OS JUDAS DE MARIO GOBBI
Muitos foram os que abandonaram Mario Gobbi na votação, alguns que lhe prometeram apoio canino, semanas atrás.
Os maiores exemplos de traição foram representados por duas figuras que tornaram-se nacionalmente conhecidas no inquérito que investigava a parceria MSI-Corinthians.
Dr. Alexandre Husni, presidente do CORI, e Dr. Jorge Kalil, vulgo “totó”.
Ambos votaram a favor de Andres Sanches, num ato de prostituição política digno de suas histórias dentro do clube.