Absolutamente elogiável o procedimento do presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, no episódio em que bandidos da facção criminosa Mancha Verde agrediram jogadores do clube num aeroporto da Argentina.

Diferentemente de outros, que ocupam o mesmo cargo em diversos clubes do Brasil, escancarou abertamente que o Palmeiras era refém das “organizadas”.

Herança certamente recebida de seus antecessores, que financiavam todo o tipo de facilidades, desde as descritas por Paulo Nobre em seu pronunciamento (ingressos, etc.), até outras, quase impublicáveis.

Desta vez o presidente palestrino não mediu palavras e tratou os criminosos pela alcunha “bandidos irracionais”, definição mais do que perfeita para essa gente.

Prometeu ainda o fim das regalias.

Tomara tenha pulso, apoio e coragem para realmente dar cabo da promiscuidade entre clube e “organizada”, principal combustível de sobrevivência desses marginais.

Deixou claro que somete retomará o “dialogo” com a Mancha Verde apenas se os criminosos delatarem seus parceiros, no triste episódio da Argentina.

Na verdade, não deveria fazê-lo nem na remotíssima hipótese dessa gente se entregar.

Há ainda, dentro do clube, outros vagabundos ligados a “organizada”, alguns deles ocupando posições importantes no Conselho, outros, como o criminoso Paulo Serdan, tratado como se fora gente de bem, com diversos conselheiros e diretores apavorados em contrariá-los.

Gente indigna de conviver socialmente em liberdade com pessoas de bem, portanto, que devem ser limados imediatamente do Palestra Itália.

Nobre, tão criticado neste espaço, assim como outros dirigentes, por seus equívocos, foi aplaudido, de pé, por este jornalista em sua entrevista, que há anos espera atitude semelhante dos dirigentes de clubes.

Tomara não seja apenas “fogo de palha”.

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