Ricardo Cabral, advogado com OAB recente, de 2005, e que alega defender o menor que diz ter matado o garoto boliviano de 14 anos, precisa decidir se atuará no caso como defensor ou acusador de seu cliente.

Poucas vezes se viu tamanho empenho em produzir provas para incriminar alguém que supostamente deveria estar sendo defendido pelo “doutor”.

Entrevistas a diversos veículos de televisão, autorização para confissão pública em rede nacional, detalhes do suposto ataque, do local em que teria sido comprada a arma do crime, entre outros procedimentos absolutamente não usuais.

Indicando, por vezes, que as orientações para o garoto supostamente defendido podem estar sendo, digamos, ditadas por interessados ocultos no inquérito.

Nada estranho para um “doutor”, que não se sente constrangido em andar com um “pin” da “organizada” em seu paletó, e que demonstra ser muito bem relacionado com a bandidagem, sendo frequentemente acionado por criminosos ligados não apenas à “torcida”, mas também a facções de maior periculosidade.

Ingenuidade passa longe do referido advogado, o que nos faz imaginar para quem, de fato, está direcionada sua defesa.

Um caso que merece, até pela repercussão nacional, ser acompanhado bem de perto pela OAB, evitando-se assim que a profissão seja novamente exposta de maneira negativa para a população em geral.

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