Somente nesta semana, dois novos episódios, entre tantos, porém sempre com as figurinhas carimbadas habituais, trataram de expor novamente ao mundo como as coisas funcionam na FIFA.

Sujeira, propina, corrupção, elementos estes facilitados pelo tratamento quase imperial que a entidade recebe das mais diversas Confederações.

Até Michel Platini, presidente da UEFA, tido como menos impuro, sucumbiu ao poderio econômico dos compradores de votos do Qatar.

Pais que, tudo indica, conforme havia adiantado o jornalista Juca Kfouri, ainda no ano passado, com a habitual perspicácia, jogou dinheiro no lixo e deverá perder o direito de sediar o mundial para a Inglaterra, fonte maior de denuncias contra a FIFA.

Uma espécie de cala boca.

Fica claro também, pelo veículo utilizado para difundir as provas de pagamentos de propinas, a “France Football”, parceira da FIFA, que a própria entidade tratou de limar o país árabe, contando o que poderia contar sobre gente que para ela não faz a menor diferença.

Caso específico, por exemplo, do fugitivo Ricardo Teixeira.

Este que, em novo escândalo, desta vez publicado pela FOLHA, foi flagrado em troca de e-mails com Jérome Valcke, segundo homem da FIFA, tramando, a custo de, no mínimo, R$ 100 mil, uma espécie de pressão para que o Mundial de 2014 viesse para o Brasil.

Pois é.

O mundo do futebol é um chiqueiro abastado, em que os porcos sempre possuem mais alimentação do que podem consumir.

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