Muito se fala no mundo de futebol sobre o protecionismo nas categorias de base de jogadores apadrinhados por conselheiros, dirigentes, etc.

Sem dúvida, isso realmente ocorre, e deve ser combatido.

Porém, raramente se comenta o inverso, ou seja, a perseguição a garotos de potencial, que tem sua vida prejudicada exatamente pela condição politica de seus familiares ou pessoas mais próximas.

O exemplo do Corinthians é claro, onde o departamento responsável por cuidar das jovens promessas alvinegras está nas mãos de um dono de estacionamentos, Fernando Alba, que tem como principal qualificação para o cargo beijar as mãos de dirigentes da atual gestão.

Sejam elas limpas ou não.

Não é a toa que a base alvinegra não revela ninguém há tanto tempo.

Porém, para azar do clube, e de alguns garotos, as poucas jovens promessas que poderiam ter alguma possibilidade de vingar no futebol foram afastadas do Parque São Jorge por serem ligadas a oposicionistas alvinegros.

Num dos casos, indignado com a dispensa de um dos garotos, um dos treinadores do Corinthians bateu o pé pela permanência, conversou com os “superiores”, mas logo foi informado que nada poderiam fazer.

Uma vergonha.

Demonstração que por trás da mascara da profissionalização existem não apenas os “esquemas” já conhecidos com empresários, mas também a discriminação política de jovens que nada tem a ver com as escolhas de seus parentes.

Perde o Corinthians, que deixa de ter em seus quadros um jogador promissor, futura fonte, quem sabe, de recursos financeiros, e o torcedor, engando por essa gente, acreditando estar vendo dentro de campo o que o clube revelou de melhor nos últimos anos.

O caso Lucas, que saiu do Corinthians para o São Paulo, por motivos semelhantes, exemplifica bem o prejuízo que essa gente pode dar a um clube de futebol.

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