Novamente é comemorada, com enorme alarde, a renovação de patrocínio do Corinthians com a Nike, que, segundo valores “oficiais” proporcionará ao clube de Parque São Jorge algo em torno de R$ 30 milhões anuais.

Menor do que o conseguido pelo Flamengo com a Adidas, cerca de R$ 38 milhões anuais.

Uma ação em que o departamento de marketing do clube aproveita para se vender à mídia, mesmo tendo pouquíssima ingerência sobre a negociação.

A Nike, como maior empresa de artigos esportivos do planeta, tem a intenção clara de fechar contratos com as marcas mais populares do Brasil.

Corinthians, Flamengo e Seleção Brasileira.

Eventualmente pode ou não figurar na camisa de outras equipes, mas o trio principal é seu objetivo.

Nos bastidores fala-se que o desacerto com o Mengão deve-se a ação exagerada daqueles que pediram “porcentagens” no clube carioca.

Razão pela qual, inteligentemente, a Nike antecipou a renovação com o Corinthians antes do resultado do Mundial, economizando até tempo e dinheiro numa possível negociação futura.

A grande questão a ser discutida, e que poucos se atentam, é o fato do Corinthians, mesmo arrecadando muito, não trabalhar de maneira adequada com o dinheiro.

Sua dívida continua assustadora, e os empréstimos e maus negócios financeiros se acumulam.

É inadmissível que com tamanha entrada de recursos não se amortize ao menos parte da pendencia, evitando assim que a bola de neve se acentue.

Não há vantagem alguma em gastar mais do que recebe durante anos, sob a esfarrapada desculpa de que “todos devem, o importante é pagar as parcelas”.

Essa politica financeira executada pela atual gestão corinthiana, ao contrário do que se pensa, impede um crescimento do clube que poderia ser ainda maior, expondo-o a riscos desnecessários futuramente.

Saber aproveitar o momento em que se arrecada mais do que os outros é importante para se consolidar como um dos maiores clubes do mundo.

Quem não nunca conheceu ou escutou falar daquele “ex-rico” que andava de carro importado, jantava nos melhores restaurantes, bancava as melhores mulheres e, de repente, ficou sem nada ?

Pois é.

O cara pagava tudo parcelado, na verdade estava devendo horrores, mas posava se milionário, gastando muito mais do que recebia – e não recebia pouco – enforcado que estava em juros bancários.

Qualquer semelhança com o “milionário” Corinthians não é mera coincidência.

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