Nem o mais fanático Palmeirense duvida, mesmo que não assuma, do descenso da equipe para a Série B neste campeonato.
A grande questão a ser debatida é a do que fazer para reestruturar o clube e voltar a ser o vencedor dos tempos de Academia.
Expulsar essa gente que fez a pior gestão da história alviverde é fundamental.
Mas pelo voto, não com violência.
O Palmeiras não pode mais cair nas mãos de incompetências natas, como Piraci Oliveira, Arnaldo Tirone, Roberto Frizzo e seus assemelhados.
Outra questão é entender e administrar, na medida do possível, a herança financeira desastrosa que dificultará a vida palmeirense nos próximos anos.
Há de se abrir mão de “cortinas de fumaça” para encarar a realidade de frente, único caminho que pode levar o Palmeiras de volta às glórias que marcaram sua história.
Entre elas, a disputa da Libertadores da América.
Torneio do qual o clube não tem a menor possibilidade de vencer, com o elenco e a falta de planejamento atual, que também serão herdados pelo próximo presidente.
Gastar o que não possui para iludir o torcedor, jogando um primeiro semestre que poderia ser utilizado para estruturar o clube de baixo, com humildade, lançando mão de garotos da base, mesclando, eventualmente, com uma ou outra contratação de maior peso, apenas comprometerá o mais importante a ser conquistado em 2013, ou seja, o retorno à elite do Brasileirão.
Se o Palmeiras insistir em focar na Libertadores, seu destino será, no segundo semestre, passar por novo vexame no torneio nacional.
Vale lembrar que este espaço, assim que o Palmeiras venceu a Copa do Brasil, disse em alto e bom tom que essa mesma equipe que agora comemorava a conquista era séria candidata ao rebaixamento no Brasileirão.
E nem precisava ser expert em futebol para enxergar o óbvio, que a diretoria do Palmeiras insistia em esconder.
Retornar às origens, revelar jogadores, e focar na retomada do orgulho perdido, voltando à elite do futebol brasileiro, é o caminho a ser seguido pelo clube no intuito de se reerguer novamente.
Qualquer outro desvio de foco fará o centenário palestrino ser comemorado aos lamentos, com a lembrança do passado e a temeridade pelo futuro.