Logo após mandar seus seguranças, segundo testemunhas, bater nos torcedores do Vasco da Gama (e ainda roubá-los) que faziam protesto pacífico contra sua péssima gestão, Roberto Dinamite percebeu que a blindagem de boa parte da subserviente imprensa carioca, alguns que, segundo dizem, “favorece”, não seria suficiente para abafar suas estripulias.

Precisa de um fato novo, que mudasse o foco do atual desesperador quadro vascaíno.

Deu sorte, com a demissão de Marcelo Oliveira, que, vergonhosamente, em dois meses de clube sequer recebeu um salário.

Problema este que, por sinal, deve onerar judicialmente, em futuro próximo, o já combalido caixa do clube.

Dinamite, aproveitando-se da situação, decidiu ressuscitar a ideia, que evidentemente mexe com o emocional de todos, de ter Ricardo Gomes, em recuperação de um AVC, dirigindo o clube daqui por diante.

Porém, antes, estranhamente não queria.

Sua súbita mudança de opinião não apenas escancara o desrespeito que possui pelo ser-humano, e também pelo Vasco, mas também a falta de limites para tentar “se dar bem” em qualquer situação.

Dinamite, pouco se importando com o estado clínico do treinador, é sabedor de as questões mais sérias do Vasco seriam relevadas pela imprensa na cobertura do retorno de Ricardo Gomes, que certamente seria manchete por diversas semanas.

É neste momento que a família do treinador deve tomar a frente, com bom senso, evitando expô-lo desnecessariamente a emoções que não se sabe ainda, possa suportar.

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