É constrangedor o tratamento dado pela imprensa esportiva do Brasil na “repercussão” dos passos do chinês Zizao no Corinthians.
Jornalistas mentem sem o menor pudor, exageram no enfoque de “notinhas” em publicações inexpressivas no exterior, pinçam declarações politicamente corretas de parceiros do jogador, publicando-as com a conotação distorcida, na tentativa de transformar um “mico” do marketing alvinegro num sucesso que absolutamente inexiste.
Na busca pela audiência, tiram onda da situação, aproveitando-se da inocência do atleta, que, empolgado, dá as declarações necessárias para que o ardil dos que exercem a profissão sem o mínimo de seriedade seja alimentado.
Tratam-no com desrespeito disfarçado de admiração, num circo de dissimulação e mau caratismo, sabe-se lá se para garantir o emprego pelo “sucesso” das inverdades ou apenas agradar os que lhes provém de alguma maneira.
Manchetes chegam ao cúmulo de induzir o leitor de que há a menor possibilidade de Zizao ser inscrito no Mundial de Clubes.
Uma aberração jornalística.
Repórteres e editores que deixam algo assim ser publicado deveriam ser melhor avaliados por quem lhes paga, indignos que são de exercer uma profissão que tem obrigatoriamente que ser pautada na verdade.