A presidenta Dilma Rousseff bem que tenta agir com alguma independência, mas é difícil se desvencilhar do caminho de lama trilhado ao lado de “companheiros” que hoje insistem em lhe cobrar a conta de apoios do passado.

Num país em que o nível cultural da população é proporcional à honestidade daqueles que nos representam em Brasília, aceitar barganha de cargo para colocar Marta Suplicy à frente de um Ministério que tem por obrigação reverter tamanho abismo de conhecimentos é o mesmo que estapear a face de um povo já tão carente de tantas coisas.

Tão vergonhoso quanto a declaração feita pelo “escritor” e “xerocador” de ideias Paulo Coelho à revista Rolling Stone, em que afirma ser “o intelectual mais importante do Brasil”.

Evidentemente, não é.

Mas, se fosse, indubitavelmente serviria de exemplo perfeito para uma República que tem em sua Academia de Letras um José Sarney, nas principais emissoras país a exibição quase sempre de aberrações vendidas como se fossem composições musicais, além da escassez de recursos para o que realmente importa.

Somente “relaxando e gozando”, como diria a nova Ministra, para aguentar tamanho descaso no que deveria ser tratado como prioridade absoluta, reforçando ainda a única cultura de fato introduzida e compactuada por Governo e grande parte da população como se fosse a mais adequada, a do “toma-lá-dá-cá”, tratando aqueles que não compactuam das ideias como verdadeiros marcianos no planeta da corrupção.

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