Após vencer, com dificuldades, a péssima África do Sul, por modesto um a zero, no Morumbi, a Seleção dos Empresários recebeu a merecida vaia ao final da partida.

Vale lembrar que os africanos vinham de dois empates com as “potências”, Etiópia e Botswana.

Tivemos uma primeira etapa em que o Brasil jogou um futebol pobre, sem criatividade, sucumbindo totalmente à marcação do fraquíssimo adversário.

Por pouco não levou gol aos 11 minutos, quando Gazza tabelou e entrou na área, batendo mal, cara a cara com Diego Alves, que fez a defesa.

Os brasileiros ameaçaram a África somente aos 16 minutos, numa cabeçada de Dedé, em posição de impedimento, bem defendida pelo goleiro.

Depois, somente aos 33 minutos, quando Romulo arriscou batida da intermediária, e o arqueiro africano pegou.

O público já vaiava a Seleção e gritava “olé” a cada toque do adversário quando Marcelo, destemperado, deu solada criminosa e recebeu apenas amarelo.

Neymar quase marcou, aos 42 minutos, quando concluiu, quase dentro da pequena área, bom passe de Oscar, mas a bola explodiu no peito do goleiro.

Após o apito para o intervalo, os jogadores do Brasil, contrariados, deixaram o campo sob vaias do torcedor que não aguenta mais os “truques” do treinador nas convocações.

No segundo tempo, ao observar que o bicho não era assim tão bravo, os africanos voltaram no ataque, e criaram de cara duas oportunidades.

Num chute de Shabalala, aos 3 minutos, e, um minuto após, quando Dedé salvou gol certo após cruzamento de Parker.

Sem paciência, o torcedor gritou “pipoqueiro” para Neymar após evidente jogada de simulação.

O Brasil criou sua primeira oportunidade apenas aos 10 minutos, em arrancada de Oscar que deu para Leandro Damião bater à direita do gol.

Dois minutos depois, abusados, os africanos perderam boa chance em batida de Parker.

Aos 24 minutos, Neymar levou perigo em cobrança de falta bem defendida pelo goleiro.

Lucas, até então o melhor tecnicamente do ataque, foi sacado aos 26 minutos para a entrada de Jonas, e Mano Menezes foi “homenageado” com o grito de “burro”.

Por sorte, aos 29 minutos, David Luis recebeu lançamento na esquerda, a zaga parou pedindo impedimento que não existia, o brasileiro bateu para boa defesa do arqueiro e, no rebote, Hulk encheu o pé, fazendo o único gol do jogo.

Hulk que, por sinal, entrou bem na partida, e fez o estático ataque nacional pelo menos incomodar um pouco mais o adversário.

Mano Menezes, aos 44 minutos, num gesto de extrema sacanagem, colocou Arouca no lugar de Neymar, sabedor de que o atleta do Peixe sairia de campo embaixo de vaias.

No final, os apupos atingiram a todos, e demonstraram a extrema insatisfação do torcedor com uma Seleção sem identidade, regida por um treinador de “truques” e um dirigente empresário de jogadores.

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