De maneira inquestionável, invicto, o Corinthians, com a melhor campanha de um clube brasileiro em toda a história, é o mais novo campeão da Libertadores da América.
Uma conquista com a cara do treinador Tite, que soube montar um esquema que encaixou perfeitamente com os jogadores disponíveis em seu elenco.
Sem dúvida, o maior trabalho de sua vida.
Coube a Emerson Sheik, que jogou uma partida final extraordinária, o heroísmo equivalente ao de Basílio em 1977, marcando dois gols, e dando ainda o passe para Romarinho na partida anterior.
Tivemos uma primeira etapa em que o Boca Juniors começou bem mais tranquilo que o Corinthians, tocando melhor a bola, impedindo qualquer tentativa de jogada adversária.
Somente após os 20 minutos, a equipe de Parque São Jorge equilibrou um pouco mais as ações, com Sheik tentando jogadas pela esquerda e Leandro Castan, um Leão, dominando amplamente o setor defensivo.
No final, buscando agredir um pouco mais o Boca, a equipe corinthiana ficou um pouco mais de tempo com a bola no pé, porém pouco criou.
Digna de nota apenas uma arrancada de Sheik pela esquerda, que cruzou na área, rasteiro, mas a zaga antecipou-se à chegada de Jorge Henrique.
Antes do termino da primeira etapa, o Boca precisou trocar o goleiro Orion, machucado após trombada com o próprio companheiro, por reserva Sosa.
Na segunda etapa o Corinthians voltou bem melhor, decidido, para cima de um Boca Juniors que claramente buscava amarrar o jogo.
E. logo aos 8 minutos, a agonia de um Pacaembu lotado transformou-se em alegria, quando Alex bateu falta, Jorge Henrique desviou de cabeça, a bola sobrou para Danilo que, de calcanhar, deixou Sheik na cara do gol para abrir o marcador.
A Fiel foi à loucura, e este jornalista, também.
O Boca, sentindo demais o revés, e provocado cada vez mais por um ardiloso Sheik, mal conseguia reagir.
E o golpe de misericórdia veio aos 27 minutos, quando Schiavi errou a saída de bola, Sheik, atento, partiu para o contra-ataque, ganhou na corrida da zaga e, com enorme categoria, fez o gol do titulo alvinegro.
Um momento histórico.
Daí por diante o Timão apenas manteve a posse de bola, esperando o tempo passar, e segurando o ímpeto adversário, com a sua já habitual marcação implacável.
Aos 48 minutos, após o apito final da arbitragem, os corinthianos, aliviados, comemoravam o único título de importância que ainda faltava em sua sala de troféus.
O segundo mais importante de sua história.
E este jornalista, com lagrima nos olhos, e coração palpitando, sabe-se lá com que forças, conseguiu escrever o relato desta partida.
Agora, com licença dos leitores deste espaço, chegou a hora de comemorar.
Corinthians, campeão invicto da Libertadores da América 2012.
Sem dúvida alguma, não é pouca coisa.
Que venha o Chelsea !