Em março de 2011, o presidente do Corinthians ainda era Andres Sanches, assim como, a diretoria de Finanças estava a cargo de Raul Corrêa da Silva.
O tempo passou, Mario Gobbi assumiu o cargo máximo do clube e manteve o sempre estratégico departamento financeiro nas mesmas mãos.
Portanto, Raul Corrêa, ainda dirigente, talvez possa explicar a todos, conselheiros, torcedores e até à imprensa, o que relataremos logo abaixo.
Por ordem judicial, as contas do Corinthians foram bloqueadas, nos dias 3 e 4 de março de 2011, para pagamento de uma pendência de R$ 1.157.434,72, oriunda de um cheque sem fundo emitido pelo presidente à época, para a empresa Turbo Sports, referente aos direitos sobre o jogador André Santos.
Porém, no ato da execução, veio a grande surpresa.
O então “milionário” Corinthians, fama alardeada aos quatro ventos por seu departamento de marketing, e boa parte da imprensa amiga, tinha apenas R$ 8.169,49 disponíveis, somando todas as suas nove contas bancárias.
Um absoluto contrassenso.
Levando-se em consideração que podem ter sido avisados do bloqueio por algum corrupto do Tribunal, e, por consequência, “limpado” as contas para evitar o arremate do montante, chegamos a um caso ainda mais grave.
O dinheiro, se realmente transferido momentaneamente, deve ter sido encaminhado para conta “particular” de terceiro.
Quem ?
Com ordem de que diretor ?
Onde foi lançada essa movimentação e quem acompanhou o retorno dos valores ao cofres alvinegros ?
Pode um clube que tem associados patrimoniais fazer movimentação financeira, digamos, suspeita, sem que seus conselheiros sejam consultados ?
Pois é.
Dúvidas que precisam ser esclarecidas, a não ser, que, de fato, aquele seja o saldo verdadeiro de um clube tão milionário.
Confira abaixo os documentos comprovando a ação da Justiça nas contas do Corinthians.
BANCO ITAÚ
04/03 – encontrados R$ 6.002,94
BANCO BRADESCO
03/04 – encontrados R$ 1.770,86
BANCO MERCANTIL DO BRASIL
04/03 – nada encontrado
BANCO INDUSTRIAL E COMERCIAL
04/03 – encontrado R$ 395,69
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
03/03 – nada encontrado
BANCO INDUSVAL
04/03 – nada encontrado
BANCO BMG
04/03 – nada encontrado
BANCO SANTANDER
04/03 – nada encontrado
BANCO PANAMERICANO
04/03 – nada encontrado