Erra o deputado Romário ao se ligar à administração da CBF, independentemente de quem esteja em seu comando.
Sua função como deputado ligado ao esporte é a de encontrar meios para impedir que o atual sistema, que é um verdadeiro convite à corrupção, continue se sobrepondo ao direito dos clubes e de seus torcedores.
A proximidade com quem claramente se beneficia da imoralidade em nada ajudará seu trabalho e, quase que certamente, o influenciará.
Triste ainda será constatar que sua luta inicial, elogiada por todos, não passava de mera birra pessoal com o antigo Imperador da CBF.
Romário, eleito com expressiva votação, não tem, no exercício do cargo, o direito de pensar apenas em si, mas o dever de trabalhar pelo bem comum.
Não é, efetivamente, se aproximando da CBF, ou de gente como José Sarney, que qualquer tipo de mudança será realizada.
Pelo contrário.
Tudo tende a permanecer como está, com os de sempre lucrando, e, para a tristeza da população, trazendo para o lado negro da força, o “deles”, mais um de nossos ídolos nacionais.