É de conhecimento público que os verdadeiros proprietários do “Fielzão” serão Odebrecht e Banco do Brasil, sócios que são do “Arena Fundo de Investimentos”, empresa responsável por captar recursos para a construção.

Diferente do discurso pirotécnico dos últimos anos, para ter direito não só ao estádio como também a suas receitas, o Corinthians terá que quitar pendências que superarão R$ 1 bilhão, acrescidas, obviamente, de juros e correção monetária.

Uma dívida quase impagável.

E, digamos que fosse possível quitá-la, para fazê-lo o clube terá que viver a pão e agua nos próximos anos, abrir mão de equipes competitivas, e flertar bem de perto, com a falência.

Parte-se do princípio de que o Corinthians, no dia de hoje, tem um saldo negativo superior a R$ 200 milhões, divida esta contraída, em 80%, pela gestão Andres Sanches.

Cálculos efetuados por especialistas dão conta que se o clube não gastar mais nada com investimentos – o que, obviamente, seria impossível, mesmo assim teriam que sobrar, mensalmente, R$ 8 milhões.

Isso, por um período de 12 anos.

Apenas para quitar o valor principal, fora os juros, que poderiam elevar o montante a valores inimagináveis – e impraticáveis.

Até o mais simplório dos investidores sabe que para realizar um sonho, há a necessidade de se ter os pés no chão.

É loucura um clube com o perfil financeiro do Corinthians, que não consegue sequer diminuir suas dívidas recentes, embarque numa aventura sem ao menos ter claramente um plano de geração de receitas plausível.

Do jeito que as coisas caminham, após o sonho da inauguração e a fantasia da abertura do Mundial, muito provavelmente, o clube acordará do conto de cinderela para a dura realidade do capitalismo.

Em tempo: Alguns “espertos” estão questionando: “mas não era dinheiro público ?”. Sim, é. Porém, teoricamente, tem que ser pago. Muito provavelmente, não será, tornando ainda maior o escândalo.

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