Ricardo Teixeira, por intermédio de carta apresentada por seu substituto José Maria Marin, renunciou ao cargo de Presidente da CBF.

Saiu também do COL, para nossa felicidade e também da presidenta Dilma Rousseff.

É o fim de um império que utilizou-se da maior paixão do povo brasileiro, o futebol, para benefício financeiro e político de um grupo quase sempre voltado à criminalidade.

Duas CPIs, quase duas dezenas de indiciamentos, condenação por contra-bando, recebimento de propinas no exterior, ligações perigosas com patrocinadores…

Diversos desvios de conduta marcaram a passagem de Teixera pela CBF.

Esperto, utilizava do imenso poderio econômico da entidade para se cercar de políticos, dirigentes e até jornalistas que, ávidos pelos “benefícios”, tratavam de blindá-lo.

Porém, tamanha impunidade e certeza de ser maior do que realmente era tornaram o Barão da CBF cada vez mais abusado, fator que, certamente, contribuiu para sua derrocada.

Estão de parabéns, além do povo brasileiro que saiu às ruas pedindo a cabeça do dirigente, os poucos profissionais de imprensa que sempre lutaram contra o Imperador, seja no âmbito de suas tribunas, chegando até os Tribunais do Rio de Janeiro.

Como por exemplo, Juca Kfouri, o mais combativo de todos, que mesmo com tantas adversidades, pressões pessoais e até profissionais, nunca deixou de lutar e mostrar, a todos nós, o que se passava nas entranhas da CBF.

Estão de parabéns também os jornalistas Jorge Kajuru, que embora seja desafeto deste jornalista, sempre expôs, com coragem, os desmandos de Teixeira, José Trajano, que fez da ESPN Brasil um dos poucos canais que ousavam peitar a CBF e Andrew Jennings, a pedra no sapato britânica dessa gente.

A queda de Ricardo Texeira deve sim ser comemorada, porém, não devemos, nem podemos, esmorecer na fiscalização, até porque, quem o substitui tem uma histórico perigoso não apenas no mundo do futebol, como também nos meandros da política, devendo, sem dúvida, também se beneficiar de um sistema que facilita, e muito, os atos de corrupção.

Em tempo: Este jornalista cumprirá a promessa e deixará de exibir a postagem “Ricardo Teixeira – filme”, que pode ser vista, logo abaixo, em sua última exibição.

Em tempo 2: Pobre “Tonto”, com “T” de Taxinha, o Sargento Garcia prendeu o Zorro e seu emprego está por um fio…

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