A Europa está em polvorosa com o envolvimento do Lyon, da França, num esquema de sacanagem no mundo do futebol.

Tudo indica que é participe ativo de um caso de armação de resultados.

Não apenas na partida em que precisava vencer por seis gols de diferença – conseguida com um sete a um – em que os jogadores adversários, escandalosamente, entregaram o resultado.

Mas também no jogo de seu adversário, o Ajax, da Holanda, que se vencessem os reservas do Real Madrid, eliminavam o Lyon, independentemente do resultado conseguido na França.

Dois foram os gols legítimos anulados dos holandeses, sem contar um pênalti clamoroso não assinalado.

Duas partidas claramente manipuladas e que só vieram à tona pelo alto volume de apostas numa dessas casas de jogo.

Uma vergonha internacional, que precisa ser punida com severidade.

Antes que relacionem o ocorrido com as acusações feitas ao jogo decisivo entre Galo e Cruzeiro, reitero não acreditar que, especificamente, neste caso, tenha ocorrido combinação semelhante.

É claro, respeito quem pense diferente, até porque utilizam-se de argumentos sólidos, como o patrocínio que ambos possuem do BMG, claramente interessado em que os dois clubes permaneçam na divisão principal.

Este é o preço que se paga por se juntar a gente não confiável.

Mesmo inocentes de uma grave acusação, sempre ficarão sob suspeita por se relacionarem com pessoas acostumadas a participar de coisas erradas.

Embora, de fato, seja impossível se relacionar com porcos e não ficar com a roupa suja de lama.

Caso claro de boa parte da diretoria do BMG, formada por corruptos e corruptores.

Basta lembrar o caso do Valerioduto e também dos empréstimos realizados ao Corinthians, em que comissões foram pagas a um próprio dirigente do banco e ao amigo do comentarista Neto, o “Mauro Van Basten”.

Não bastassem os diversos motivos que tínhamos para nos preocupar relacionados à corrupção no futebol, parece que a jogatina dessas apostas esportivas é um dos principais males a serem combatidos.

Aqui no Brasil, tivemos escancarado o caso Edilson Pereira de Carvalho, em que partidas tiveram que ser disputadas novamente no campeonato Brasileiro de 2005, após a descoberta do envolvimento do ex-árbitro com os mafiosos.

Imagine o que se faz por debaixo do pano e não é descoberto.

Há realmente ainda  um longo caminho a ser percorrido para a moralização total do esporte mais popular do mundo.

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