Por JUCA KFOURI

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Foram surpreendentes os primeiros 10 minutos do Corinthians contra o Avaí, no Pacaembu, mais vazio do que cheio, provável reflexo da ausência de Ronaldo e do desmanche do time campeão da Copa do Brasil.

Ágil, rápido, insinuante e capaz de criar três ótimas chances de gol, as duas primeiras ainda antes do quinto minuto, numa cabeçada de Souza e num toque de Jucilei que Eduardo Martini defendeu.

Como o goleiro catarinense pegou, à queima-roupa, um chute de Bill, em rebote de arremate de Souza, que até jogava bem.

Dos 10 aos 20 minutos, no entanto, o alvinegro permaneceu melhor em campo, mas deixou de levar perigo ao time alviceleste.

Que, enfim, tomou coragem e partiu para cima dos donos da casa, quase marcando com William, em seu primeiro ataque.

Ao acreditar mais que o bicho não era tão feio, o Avaí se abriu e quase levou, por cobertura, um gol de Bill, com a bola batendo no cocoruto do travessão.

A resposta avaiana veio numa bicicleta de William, perigosa.

Fato é que o time do Guga, e do técnico Silas, mesmo sem três de seus principais jogadores (Léo Gago, Ferdinando e Muriqui), passou a jogar de igual para igual com o esforçado, organizado, mas enfraquecido, time de Mano Menezes.

E assim, sem gols, terminou o primeiro tempo, sem gols, e com uma arbitragem curioso, de um mineiro do quadro da Fifa, Ricardo Marques Ribeiro, que marca muito mais falta de ataque do que das defesas.

E com auxiliares especializados em errar impedimentos contra o Avaí.

Sem gols, também, acabaram os primeiros 45 minutos no Barradão com muita gente para ver o Vitória apertar o São Paulo que, no último minuto, mandou uma bola no travessão de Viáfara que, no lance, luxou o dedo da mão.

Primeiros tempos sem gols era tudo que a dupla Fla-Flu queria.

Porque o Fla, surpreendentemente, perdia para o Náutico, gol de Gilmar, aos, 23, no Maracanã, e o Flu, nem tanto, para o Furacão, gol de Paulo Baier, aos 41, em Londrina: 1 a 0.

Que coisa!

O rubro-negro foi para o intervalo sob vaias de sua torcida no Maracanã, mas sob aplausos no Estádio do Café.

O Corinthians voltou com Bruno no lugar de Marcinho na lateral-esquerda.

O Vitória com Gléguer na posição de Viáfara.

O Flamengo com Petkovic na vaga de Fabrício.

E o Fluminense com Rafael no posto de Fernando Henrique e com Maurício no lugar de Dalton.

Logo aos 5, no Barradão, o Vitória perdeu também Itacaré, machucado e trocado por Bida.

Aos 20, saiu Jorge Wagner e entrou Hugo, no São Paulo.

Em seguida, Ricardo Gomes tirou Borges e pôs Marlos.

E deu certo.

Porque foi Hugo quem achou Dagoberto pela esquerda e o meia acertou belíssimo chute, de direita, para fazer 1 a 0, aos 30.

A torcida corintiana cantava, mas, no segundo tempo, o time já não encantava.

Na verdade, o jogo caiu num certo clima de marasmo, sem chutes a gol.

Silas também não estava gostando e tirou o centroavante William, ex-Santos, para entrada de outro centroavante, Roberto.

E Jorge Henrique saiu para entrar Marcelinho, a exemplo de Bruno, do time campeão da Taça São Paulo.

E quase que o Avaí faz gol, numa sucessão de escanteios.

Por falar em escanteios, pouco antes, Boquita foi cobrar um e chutou a bandeirinha — a não o, que fique claro.

Grotesco!

Não por isso, mas Boquita saiu para entrar Diogo aos 41.

E Felipe, aos 30, precisou evitar um gol de Roberto.

Como Eduardo Martini, em seguida, em bolas de Elias, de Marcelinho e de Souza, em menos de dois minutos.

No Maraca, aos 36, depois de ser vaiado, mais uma vez Léo Moura fez, em rebote de bola de Petkovic e saiu pagando geral para a torcida do Mengo: 1 a 1.

Resultado de todo jeito ruim para o Flamengo, como para o Corinthians, como foi péssimo para o Fluminense (novo lanterna do Brasileirão) perder para o Furacão.

E se foi bom para Avaí e Naútico, melhor ainda foi para o Atlético Paranaense e, sobretudo, para o São Paulo.

Que vai chegando.

Devagar e sempre.

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