Por NITYA RIOS
http://criandoacasos.wordpress.com/
Dizem que, em certa época, era possível ir a estádios de futebol e assistir pacificamente a uma partida.
Quase não me lembro dessa fase.
Habituados a violência e ao eminente medo, famílias e jovens tornaram-se inimigos.
Torcidas organizadas reinam nas arquibancadas.
Isso se repete dentro e fora do estádio.
Nesta quarta-feira (3), torcedores se dirigiam ao estádio Pacaembu, São Paulo, para assistir a semifinal da Copa do Brasil – Vasco x Corinthians.
Na região da Ponte das Bandeiras o trânsito fora interditado para passagem de um comboio de vascaínos, totalizando 15 ônibus.
A confusão começou ao encontrar no caminho um ônibus com a torcida adversária da noite: corintianos.
Briga, briga e mais briga.
Com vários golpes na cabeça, uma vítima fatal.
Outras sete pessoas ficaram feridas.
Rivalidade e estupidez definem-se assim atos como este.
A polícia militar – que deveria “manter a ordem” – não resolve problema algum em brigas nos estádios e arredores.
Por vezes, piora a situação.
Como no caso do são-paulino Nilton de Jesus, baleado na cabeça em confronto com os policiais, no jogo Goiás x São Paulo, em dezembro de 2008.
Nada contra torcidas organizadas, admiro a exatidão e fidelidade para com seus times.
Destaco ainda a importância dos torcedores para uma partida completa, calorosa.
Mas, de que serve a violência?
Essa rivalidade pessoal?
Essa estupidez?
É burrice achar que o time adversário é seu Inimigo.
Ele nada mais é que um possibilitador.
Sem ele, não haveria jogo.
Não haveria torcida.
Nem vitória, nem derrota.
Vivo na esperança de uma tranqüilidade maior, de inibir o medo e fazer-me mais presente nos estádios, torcendo veemente para uma partida limpa e despreocupada.
A verdade sobre a morte/briga na noite de quarta-feira (03/06)
http://www.blogpulguinha.blogspot.com
Infelizmente a violencia é inerente ao ser humano, desde os primórdios dos tempos, tribos, grupos, regiões, países se tornam inimigos e se matam sem ter uma razão lógica. Este terrivel episódio se repete todos os dias em quase todos os lugares do mundo por motivos diversos. O problema é muito mais sério. A poucos dias, sem nenhum motivo, centenas de pessoas, em Roma, sem se conhecerem ou rivalidade maior, entraram em confronto, torcedores do Barcelona e Manchester, teóricamente cidadões do 1o mundo. Podem fazer jogos com uma torcida só, com portões fechados, etc. Os “inimigos” continuarão se matando, se agredindo em qualquer lugar.
ao amigo de cima –
com a ajuda e descaso da PM e do MP, tudo(violencia) fica bem mais facil para acontecer.
A verdade sobre a morte e briga na noite de quarta-feira (03/06) e o descaso da PM e MP.
http://www.blogpulguinha.blogspot.com
Paulinho,
Não seria iminente, ao invés de eminente
Sidnei – SP
Paulinho: É eminete, que excede, algo elevado
Não é a torcida do Corinthians que fica gritando: “A violencia voltou”!!
Pois é!!!!
Paulinho, dizem que a culpa é da Gaviões da São Jorge. O que vc acha? Estão aproveitando a ocasião para tentar acabar com essa ‘resistência’, ou será que ela tem mesmo culpa no cartório?
Alguém poderia me indicar um bom técnico em eletrônica??? É que depois de ler a matéria no “blog do pulguinha”, chorei tanto que o meu PC está encharcado de água…
Francamente, esse pessoal acha que a gente é trouxa? – as únicas vítimas que existem nessa estória são os proprietários de veículos apanhados no fogo cruzado ou os torcedores incautos que cruzam o caminho desses marginais. O resto é vagabundo tentando passar por vítima.
A única situação em que a PM deve escoltar vagabundo é nas visitas ao fórum ou transferência de presídio. No mais, é puro desperdício de força policial! Sem mais.
Lendo o blog do pulguinha tenho a nítida impressão que os marginais briguentos foram somente vítimas.
A Polícia Militar, o Ministério Público, a sociedade em geral, todos são culpados pelo que aconteceu menos eles.
Vamos acabar com essa palhaçada, bandido é bandido e pronto.
Sou São Paulino, nascido em Santos em 1951, nos anos entre 63 e 68 portando entre 12 e 17 anos de idade, fui à Vila Belmiro em quase todos os jogos do Santos que era realmente o melhor time do mundo, de bicicleta não usava corrente nem cadeado deixava minha magrela encostada no muro de uma casa na Rua José de Alencar onde se localiza o vestiário dos visitantes e niunguém roubava, muito menos havía brigas de gangs como existem hoje.
Acho que a imprensa colabora demais com esse lixo chamado torcedor organizado ao dar chance deles se manifestarem através dos veiculos de comunicação.
Chega de palhaçada cadeia e porrete nestes marginais e pronto.
Infelizmente uma ova, essa torcida vagabunda que sustenta o Andrés Pinóquio Analfabeto Sanchez é uma piada!
1- Se desloca denoite, puta frio, pra fazer tocaia pra do Vasco.
2- Depreda 100% do ônibus dos caras, mostrando claramente quem iniciou o ataque.
3- Depois que os caras descem pro confronto, a Gaviões leva uma surra, contando inclusive com um falecido (que de coitado não tem nada!!).
4- Para tentar desviar o foco, criam o sonho de que a torcida do Palmeiras teria ajudado.
5- Pra resumir, FOI MUITO BEM FEITO, UM BANDIDO A MENOS! Assim como em Goiás, se tem idiotas que começam a violência, que sejam estes a perder a vida com essa violência!
-Eminente:
1. Elevado; excelente.
2. Que excede aos outros.
Ou seja, aumento elevado da violência entre torcidas.
A violência no futebol é uma coisa estúpida mesmo, mas o foco não é só esse. É que ninguém dá nenhuma pelota para as brigas que acontecem com frequência em shows e até em cultos religiosos de grande porte. Dá menos ibope.
Onde há gente, há possibilidade de treta.
E de novo, com a mesma torcida de marginais…
Só que dessa vez eles não tem como colocar a culpa na diretoria do São Paulo.
A solução já está programada : Vão tentar acabar com a Mancha e a Independente. Pronto. Foi sempre assim.
E a gaviões, ah a gaviões é santinha, tem escola de samba, não briga né? – Além dos 70 mil votos que ela pode oferecer.
Vou no estádio desde a década de 80 e afirmo : as torcidas de São paulo e Palmeiras se organizaram melhor para enfrentar a gaviões que sempre estava em maior número e barbarizava, tomava camisas, fazia inferno no metrô.
A gaviões jamais sofreu nenhum tipo de represália dos promotores -candidatos a cargos públicos – que “combatem” a violência nos estádios. bando de hipócritas
Se for para acabar, que acabem com todas, inclusive a Jovem do Santos. Vai assistir jogo na baixada p/ver.
Boa.
Impunidade (em todas as esferas)…a única causa de todos os problemas do Brazil… violência e corrupção…e esses geram todos os outro problemas.
As leis são ridículas:
-“menor” num é preso (fica no máx 3 anos na escola do crime depois sai pronto para por em prática o que aprende)
-regime semi-aberto (quantos já num fugiram depois desse benefício?)
-indultos de natal, dia das mães etc (vide acima)
-quem assiste a esses jornais sensacionalistas já está cansado de ver “assassino já tinha passagem pela polícia” ou seja, todos só PASSAM pela polícia, mas lá´poucos ficam
-o sujeito é condenado a 325 anos de prisão, mas no BraZil só pode cumprir 30… aí pega 30, “se comporta bem”, reduz a pena, e ao cumprir uns 4 anos já pode ir pro regime semi-aberto, ou seja, voltar a se esconder nas favelas!
até quando?
Boa Major..
“Nada contra torcidas organizadas, admiro a exatidão e fidelidade para com seus times.” No meu modo de ver, “exatidão”(sic) e “fidelidade” tem aquele torcedor que compra sua passagem até a bilheteria, ali adquire seu ingresso, e, uma vez no estádio, vibra com cada gol pró, desespera-se com cada gol contra e no final deixa o campo alegre ou triste, mas na sua e respeitando os sentimentos do torcedor adversário. Nada a ver com o canalha que recebe ingressos do cartola – gratis ou subsidiado – age como cambista e lucra com o prejuizo do seu “clube do coração” (risos) e, uma vez no estádio, só cuida de promover baderna, sem se importar com o que sucede nas quatro linhas. Esse não merece respeito ou admiração, antes precisa ser execrado e extirpado do convávio com aquele outro tipo de torcedor.
Outra versao dos fatos, voce quer dizer. A “verdade” depende do ponto de vista. Voce vai negar que tem gente do seu time envolvida em babrbarie? Que sao apenas vitimas que tentaram se defender? So os outros sao violentos? Nao estou acusando, mas sejamos justos: essa historia de dizer “tudo comecou quando eles resolveram revidar nosso ataque” simplesmente nao cola. Tem que parar a violencia de todos os lados. Tem muito vagabundo e bandido nas torcidas, SIM, nao ha’ como negar isso.
Voce tem razao, mas em parte: para coibir a violencia inerente ao ser humano (que e’ nociva ao convivio social), inventamos o Estado de Direito, com leis e normas universais e obrigatorias. Violencia, por mais inerente ao ser humano que seja, nao e’ permitida e nem devia ser tolerada. Quem vai a estadio pra brigar nao devia estar solto na sociedade, e sim atras das grades, removido do convivio social. Cade o meu direito de frequentar os estadios com a aminha familia? Cade o meu direito de pai de levar meu filho ao campo para apreciar esporte e rivalidade saudavel? Pois e’…nao tenho mais esses direitos, porque grupos de bandidos acham que promover a violencia (inerente ao ser humano) e’ mais importante do que viver em paz e respeitar as leis. Coisa de terceiro mundo. No mundo civilizado ha’ brigas e violencia, mas ha’ consequencias (como banimento dos estadios para sempre) e punicao exemplares que faltam aqui. Se quem promove violencia em estadios ou perto deles nao pudesse mais frequentar estadios pelo resto da vida, quem sabe a coisa nao comecaria a mudar um pouco. Enquanto isso nao ocorre, nao vou e nao levo minha familia a um campo de futebol nem que por decreto.
Concordo. nao quero meu dinheiro de contribuinte sendo mal usado para escoltar quem me IMPEDE de frequentar estadios.
Impressão minha, ou o dono do blog absteve-se de escrever sobre mais esta “façanha” da facção uniformizada da marginal s/n, e preferiu postar um texto contemporizando?
Será que Bento XVI não poderia fazer uma “canonização” coletiva desses santinhos uniformizados?
Em caso de uniformizados, sem distinção de clubes, a PM tem que descer o porrete, soltar os cachorros e jogar os cavalos em cima. Vagabundo uniformizado, até prova em contrário, são todos culpados!
Tirem esse lixo das ruas, que o cidadão de bem agradece… e comparece aos estádios.
Olha a versão dos vascainos:
http://www.netvasco.com.br/forum/viewthread.php?tid=25479&page=30
Ninho – Master
enviada em 5/6/2009 em 08:55
Fala aê brother,
eu não fui no jogo no Pacaembu, mas li um relato de quem foi, que conta mais ou menos o que ocorreu lá em sampa. Cuidado ao ler esses jornaizinhos que adoram depreciar a gente. Segue o que o torcedor Mauro relatou no blog vascaíno do GloboEsporte.com
“PC, o time do Vasco jogou bem e merecia a classificacao. Se o lance do Elton(o do penalti) fosse no Ronaldo, o ladrao do Gaciba teria dado com certeza. Alias, como fez falta o gol perdido pelo proprio Elton, aqui no Rio.nE que imprensa porcaria nos temos hein? Com Netos. Mintons Neves, Dr Osmar, Ronaldos da vida, que diziam que o Vasco seria massacrado. Pois eh, essa pauliceia noa existe!
Eu fui ao Pacamebu ontem, e pela primeira vez. Te confesso que achei o Estadio muito fraco. Viajei com a Forca/+/Jovem. Passamos o dia viajando e diante de uns problemas soh entramos no estadio aos 40 minutos do primeiro tempo.
Alias, como mente a imprensa de uma forma geral. Nao havia(como foi divulgado) escolta nenhuma(diferente do que a PM fez na volta) .Chegando em SP, os corinthianos(gavioes da Fiel) atravessaram um onibus na faixa de pista lateral, mais um carro(um audi preto) e uma moto(fiquei sabendo depois que a Rua tras eh onde se localiza a sede da torcida). Eu vinha no onibus 2(ou seja penas 1 na minha frente e mais 15 onibus vindo atras, porem como nao havia escolta da PM, alguns estavam meio distantes uns dos outros, ateh mesmo em razao do transito). Nosso onibus foi o primeiro a chegar nos caras. Nossa torcida massacrou a deles desde o inicio. Os caras da gente que vinham nos carros sentaram tiro neles tb, e nossa galera partiu pra cima, mesmo eles jogando rojao, pedras, armados com barra de ferro e tb dando tiros.Os caras prepararam uma emboscada, tentaram fazer uma covardia conosco frente a omissao da policia paulista
O cara que morreu eu cheguei a ve-lo em meio ao todo o tumulto. Ele tava com uma barra de ferrona mao quando foi noucateado por um vascaino alto de gorro preto. Com a valentia dos vascainos e o numero de onibus que nao paravam de chegar(jah q vinham atras), os corinthianos recuaram, muitos sairam correndo em direcao a sede da torcida deles(tal de rua Sao jorge). e largaram as barras de ferro e paus que passaram a ser usadas pela nossa torcida contra eles proprios. O onibus que eles atravessaram foi totalmente destruido, o Audi tb e a moto(que eles tb abandonaram) nossa torcida ateou fogo. A PM que chegou rapido ao local nao sabia o que fazer. Salvou ateh dois corinthianos que fatalmente morreriam tb, pois estavam jah caidos. Um nao aparav de gritar com a mao na perna. Os PMs(maior parte de moto) pareciam em estado de choque. tentavam apenas recolocar os torcedores nos onibus, porem sem menor preparo, desesperados…Ateh a mochila do dono do Audi foi pega. O carro ficou de dar pena.
No final do jogo, mais uma vez por falha no policiamento, um dos nossos onibus foi queimado. O primeiro de uma fila de 17. Isso porque pra quem nao conhece o Pacamebu, o mesmo eh apoiado num morro, cercado de casas de luxo com ruas estreitas. Os onibus ficaram entao em fila indiana e o mais proximo das arquibancadas corinthianas foi destruido enquanto estavamos retidos dentro do estadio. Mais uma omissao do policiamento paulista. Este foi prontamente substituido em seguida.
Diferente, do que divulgou alguns meios de comunicacao, nao havia no confronto do Tiete, membros da Mancha Verde e da FJV Sampa(23). Isso porque, os encontramos apenas perto do Estadio. O combinado era realmente ir para o Palestra, fazer uma confraternizacao, mas em razao de atrasos na saida, estavamos indo direto para o Pacaembu mesmo, tanto que o confronto se deu por volta de 9:00hs da noite que foi quando chegavamos em SP , .
Quero portanto agradecer a disposicao, competencia e valentia da Ira Jovem e da Forca Jovem, que agiram com grande exito em legitima defesa e mostrou a esses paulistinhas porque somos a torcida mais sinistra do Brasil!!!!!!
PC, quero agradecer o espaco e dizer que em nenhum momento quero incitar a violencia, que sou assiduo frequentador do seu blog,e apenas quero dar a versao de quem foi na verdade vitima da acao de Corinthianos. Nossa torcida nao buscava gerar violencia alguma, apenas nosso revide em legitima defesa eh que gerou todos esses problemas na forma proporcional ao que eles queriam nos imputar!
Saudacoes Vascainas!”
Já ouvi uns 2 ou 3 relatos semelhantes. Depois querem ficar vendendo a idéia de que o rapaz que morreu era santo. Me poupe né. Provavelmente ele teria matado alguem ali se tivesse tido a oportunidade
Pulguinha,
Não seja ridiculo!
Ja vivi no mundo das organizadas e sei muito bem como a coisa funciona. Não há a menor duvida que suas “fontes” foram DELIBERADAMENTE para o local, armar uma emboscada. Cansei de ver aquelas IMBECIS carregando barras de ferros, tacos de madeiras e outras criativas armas mediaevais e seus veículos para escapar as inevitáveis btizes que ocorrem nos onibus.
O Rapaz que morreu arrebentado de porretadas só mereceria uma palavra de alento se fosse uma vitima inocente passando pelo local. Aparentemente não era. Então BEM FEITO é a unica coisa que posso dizer. Aquele outro cujo irmão choroso está se lamentando em entrevistas? BEM FEITO!
E não é por maldade minha não. É que a próxima vítima deles poderia ser eu. Ou alguem da familia. Ou alguem de outra familia qualquer.
E que se escreva na lápide:
“Aqui jaz um idiota que foi expor seu cranio e o de outros a traumatismos, numa noite fria em São Paulo em vez de ir ao estádio ver seu time vencer mais uma na melhor sequencia vitóriosa dos ultimos 6 ou 8 anos.
Que descanse em paz esse imbecil, que agora come capim pela raiz e nunca mais verá seu time entrar em campo.”
Concordo totalmente. FIM DAS ORGANIZADAS JÁ!
É DE SE LAMENTAR QUE “UM” TORCEDOR DA GAVIÕES TENHA MORRIDO.
Creio que Nike deva estar feliz, afinal, ela mesma tem uma campanha para incentivar os corintianos à invadirem:
http://www.esportefino.net/wp-content/uploads/2009/05/invadirvamo.jpg
http://www.esportefino.net/nova-campanha-da-nike-e-inaceitavel-e-precisa-ser-corrigida/
Não que o bando de bandidos que armou a emboscada deixasse de fazer se não tivesse a campanha, mas já que a Nike achou bonitinho ameaçar torcedores de outras equipes com as fotos, bem que podia ajudar a reformar os onibus dos vascainos e pagar o conserto de alguns dentes também.
Chumbo trocado…..
[]´s
vide o são paulino que morreu no Pacaembu em 95…o que ele estava fazendo lá dentro do campo se o Palmeiras Jr que tinha sido campeão?
http://revistatpm.uol.com.br/blogs/eneaotil/2009/06/04/o-papel-de-cada-um.html
uma outa versão.
A viiolencia só não acaba porque ninguem quer……….. nem policia, nem MP nem ninguem!! Não procuram saber como funciona a coisa e não tem interesse nenhum em acabar com isso. Quanto mais violencia mais eles podem aparecer na midia com suas medidas estupidas que não valem de nada……… é só ver o Fernando Capez, conseguiu se eleger Deputado Estadual com suas ideias cretinas que de nada adiantaram. se as torcidas acabarem, a volencia vai continuar igual ou até pior……. vcs sao tao cegos quanto as autoridades
Está muito longe de ser a verdade.
Armaram emboscada e tomaram um pau.
Po, isso foi as 21h00, o jogo começava as 21h50. O quê os caras estavam fazendo na marginal essa hora? – Já deveriam estar no estádio, ou não?
O INTERESSANTE EH QUE PRA VARIAR, A TORCIDA SUJA DO MERETRICIO SE UNIU A TORCIDA DO VASCO PRA FAZER TOCAIA CONTRA AS FRANGAS.
NAO ERAM AMIGUINHOS ?
***(*) ******(*)
Fica quieto!!!!!! vão começar a dizer que o Vigia que estava trabalhando em clube próximo é São Paulino.
Não teria morrido se não estivesse ali naquele momento, estava procurando e achou!
O papel de cada um
por Leonor Macedo
Quando o William foi incendiado por faíscas de sinalizadores e papéis picados, resultado de uma equação bem simples e capaz de ser prevista até por uma criança ainda bem pequenina, boa parte da imprensa sorriu. Achou curioso – para não dizer engraçado – que diante de um Pacaembu lotado, o capitão do time campeão paulista de 2009 pegasse fogo ao lado do Ministro dos Esportes Orlando Silva, do Secretário de Esportes da Cidade de São Paulo Walter Feldman e do presidente do clube Andres Sanchez. E, mais uma vez, limitou-se a resumir o fato somente em manchete e noticiou-o em duas linhas como se fosse um acidente casual.
Ao atear fogo no ônibus da torcida do Vasco ontem, 03/06, os torcedores corinthianos conseguiram uma atenção pouco maior por parte dos jornalistas. Digo pouco porque, apesar de ter sido massacrada com notícias sobre o fato em todos os veículos de comunicação, nenhum jornalista buscou, novamente, saber o que aconteceu na noite de ontem.
Li um promotor discursar sobre uma possível emboscada de corinthianos, associados aos Gaviões da Fiel e pertencentes ao movimento da Rua São Jorge, preparados para pegarem a torcida do Vasco na Ponte das Bandeiras. Ouvi a polícia dizer que nos quatro carros que acompanhavam o ônibus das pessoas da Rua São Jorge havia barras de ferro e uma espingarda de calibre 12. Vi a Ana Maria Braga gritar com um papagaio falante ao seu lado que “aquilo não era torcedor, mas um bando de marginal e vagabundo”.
E precisei de três ou quatro telefonemas para tentar ouvir quem nunca é ouvido. Alguém que, infelizmente, é sempre um de nós.
**
Quando o Mandioca me procurou na arquibancada ontem, no intervalo do jogo, e me disse que havia ocorrido um confronto entre torcedores da Rua São Jorge e torcedores do Vasco, eu busquei com os olhos algum amigo integrante do movimento. Achei e perguntei se ele tinha alguma informação.
– Estou esperando alguém me dar notícias, mas há bastante gente ferida porque o negócio foi feio. Parece que houve um tiroteio.
Vi as lideranças das torcidas conversando próximas ao alambrado até o intervalo do segundo tempo. Senti um clima tenso, pesado, frio, preocupado e preocupante. Mais do que já estava naquela noite gelada de outono, de uma semifinal vencida por 0 a 0 em uma partida mal disputada.
Ao sair, esmagada por uma multidão desorganizada, peguei uma carona com um amigo. Ligamos o rádio e ouvimos que havia um ônibus da torcida do Vasco incendiado do lado de fora do Pacaembu em represália à morte de um torcedor corinthiano na Marginal Tietê.
Cheguei a minha casa e as primeiras informações já estavam na internet: emboscada, briga, tiro, espancamento, fogo, ônibus, nada. Liguei para dois ou três amigos que provavelmente estariam no ônibus de corinthianos da Marginal, já que eles são lideranças do Movimento Rua São Jorge e costumam sair do Corinthians em dia de jogo até o Pacaembu. Nada mais coerente. Nenhum atendia ao telefone. Dormi mal e preocupada.
Quando acordei, as notícias eram as mesmas. Exatamente nada apurado. Liguei o MSN e encontrei um amigo que havia visto ontem no estádio:
– Está sabendo de alguma informação?
– Sim. Saí do jogo e fui ao PS de Santana, para onde foram levados os torcedores feridos. O torcedor morto não foi reconhecido. Foi encontrado pelado, só de cueca, na Praça Campo de Bagatelle, sem nenhum documento e desfigurado.
– E o que aconteceu?
– 15 ônibus do Vasco cruzaram com um do Corinthians na Marginal Tietê.
Difícil acreditar que torcedores de um ônibus do Corinthians fizessem emboscada para 15 ônibus com torcedores do Vasco. Nem toda a falta de bom senso do mundo atropelaria essa matemática.
Depois falei de novo com o Mandioca, que tinha conversado com o Sid, que tinha falado com o Gabriel, todos tentando encontrar alguma informação do que aconteceu, de algum amigo ferido, morto.
O Gabriel não tinha conseguido entrar no estádio porque um dos meninos que estava com o ingresso dele também estava no ônibus da Rua São Jorge, indo para o Pacaembu. Às 21h50, horário em que começaria o jogo, ele ligou para esse amigo:
– Pô, são 21h50. Cadê você com meu ingresso? O jogo está começando.
– A polícia parou a gente para uma revista aqui na frente do Clube Esperia. Acho que já já eu to aí. Peraí, mano, putaquepariu!!!!! Peraí que os caras da Força Jovem estão correndo para cima da gente.
E desligou o telefone. O Gabriel não entendeu bem o que tinha acontecido e continuou na porta do estádio, na esperança de conseguir o seu ingresso e entrar para ver o jogo. Um tempo depois, apareceram de táxi algumas pessoas que estavam na briga para contar o que tinha acontecido. Pareciam zumbis, inchados, cortados, com os agasalhos encharcados de sangue.
– Quem conseguiu escapar está aqui. Quem não conseguiu, está preso ou foi parar no hospital – disse um deles para o Gabriel.
**
Depois li na internet o promotor declarando que a emboscada já estava armada há muito tempo. Que na quarta-feira de manhã ele já tinha recebido uma denúncia e que a torcida do Vasco tinha proposto deixar os ônibus nas sedes da TUP e da Mancha Verde, organizadas do Palmeiras e que são co-irmãs da Força Jovem, como eles gostam de dizer. Mas que a promotoria e a polícia não tinham aceitado porque, no trajeto a pé ao Pacaembu, haveria enfrentamento entre torcedores.
Ficou decidido que ao chegar a Guarulhos os ônibus da torcida do Vasco receberiam escolta policial até o Pacaembu, fazendo o caminho pela Marginal Tietê. Mesmo caminho que fazem os torcedores corinthianos lá da Zona Leste e que a polícia do estado saberia se tivesse alguma comunicação até mesmo por um walk talk.
Foi neste trajeto que tudo aconteceu. E só quem estava lá saberia me dizer o que tinha rolado. Até que consegui falar com um dos amigos lideranças do movimento, hospitalizado.
– Como você está?
– Sem dente, cabeça cheia de ponto, com dor até para respirar. Talvez tenha que operar a mão e o braço.
– E o que aconteceu?
O que aconteceu foi que a Rocam parou o ônibus dos torcedores do Corinthians para uma revista. E parou quatro carros de corinthianos que estavam junto. O ônibus dos torcedores corinthianos não tinha nenhuma escolta policial porque, segundo a promotoria, eles não são torcedores organizados com CNPJ. Mas são. Torcedores dos Gaviões da Fiel que se reúnem longe da sede. Só que em um Estado de Direito, onde existe uma constituição que alega que é dever desse Estado zelar pela segurança de seus cidadãos, qualquer pessoa física deveria ter garantida a sua integridade física. Não precisaria pertencer a nenhuma associação, agremiação, clube, empresa, fundação, OSCIP, ONG para conseguir chegar viva ao estádio de futebol. A qualquer lugar.
Com a proteção policial negada e sob ameaça de bater e apanhar, provavelmente a mesma que o promotor havia recebido na manhã de quarta, esse grupo de corinthianos resolveu fazer a própria segurança. Gentileza gera gentileza, estupidez gera estupidez.
Ao ver a Rocam parada em frente ao Clube Esperia, dando uma batida policial no grupo de corinthianos, outros 20 policiais da Rocam que trabalhavam na escolta da torcida do Vasco e que não foram avisados que por aquele caminho fatalmente as torcidas se encontrariam, resolveram parar os ônibus do Vasco a fim de evitar esse confronto. Mas pararam muito perto. Aos poucos, eles foram descendo, 800 deles.
Incontroláveis como toda massa enfurecida por uma rivalidade bestial, porém histórica, os vascaínos partiram para cima dos corinthianos. Carregando barras de ferro, armas, paus, rojões e outros objetos que serviram de arma e que não foram tomados pelos policiais da escolta em uma revista que não aconteceu. E massacraram os corinthianos. E mataram um deles atirando o corpo em uma praça que foi palco da comemoração do Campeonato Paulista de 2009, no mesmo dia que o William pegou fogo.
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Eu que estava no estádio, soube disso no dia seguinte, mas não saberia se não tivesse ligado para meia dúzia de amigos e só esperasse a notícia que me dão. O que sei é que, naquela noite – e falo agora como se tivesse passado muito tempo porque será daquelas noites que carregarei para sempre – os 800 torcedores do Vasco que brigaram antes do jogo chegaram atrasados na partida, mas chegaram. Conseguiram entrar no estádio, assistir a partida do seu time que, mesmo perdendo, lutou até o final pela classificação. Mas o Clayton, que morreu nu e desfigurado em uma praça da Zona Norte de São Paulo, não vai conseguir chegar nunca mais.
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Essa é a versão que não é publicada nos jornais, que não aparece na televisão, que não se ouve no rádio, mas que mesmo assim existe. Que é fruto de uma equação tão banal quanto àquela que fez o William pegar fogo na alegria de se comemorar um título. E que, nem por isso, é evitada.
Quem sofre a violência dentro e fora dos estádios sabe quais são os motivos que o levam a ela. Sabe que qualquer violência é fruto de algo muito maior: de uma nação deseducada, desorganizada e cada vez mais desumana; de um Estado omisso, corruptível, impune, burocrático; de uma polícia despreparada, mal paga, preconceituosa; de uma imprensa burra, preguiçosa e reacionária; de um futebol paternalista, aproveitador, interesseiro e explorador.
E sabe justamente o que fazer para combater a violência. Toda a promotoria, comissão de paz, clubes, polícia, torcedores, ministério, imprensa, todo mundo sabe qual é seu papel nessa história. Mas só o que se vê é a repetição dos mesmos erros. E a simplificação das soluções. Porque é muito mais fácil criar uma camisa e um ônibus à prova de fogo do que parar de atear fogo em jogador e matar torcedor, cidadão. Todos nós inflamamos o William. Todos nós matamos o Clayton.
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Leonor Macedo é jornalista, mãe de um menino de quase 8 anos e freqüentadora das arquibancadas do Pacaembu desde pequena. Apesar de tudo o que relata no texto, não desiste de fazer parte de um mundo diferente. Dentro e fora dos estádios.
A Farsa chamada Paulo Castilho
Esse promotor deveria saber. Tivemos que engolir durante anos um tal de Fernando Capez. Sujeito arrogante, louco para aparecer nos jornais e sem nenhum conhecimento de causa. Agora vem mais um tripudiar em cima de cada morte em busca de um sucesso esporádico, passageiro, que certamente vai se transformar em pesadelo.
Primeiro aos fatos. Por que Paulo Castilho é mentiroso?
Porque não houve emboscada, palavra que jornalistas adoram, mesmo que fora de contexto. Houve um encontro casual na Marginal. Não houve emboscada por motivos simples. Se houvesse, estariam presentes não apenas mulheres e integrantes da torcida que moram na zona Leste, mas todos aqueles que se dispõem a guerrear dentro dessa lógica louca que move as torcidas do Brasil. Esses em sua maioria estavam no Pacaembú, direto do trabalho, sem nenhuma intenção que não fosse assistir ao jogo do Corinthians. E, de fato, quem parou o ônibus da torcida do Corinthians foi a polícia, e os ônibus do Vasco foram parados logo atrás, também pela polícia. Mais do que isso. Um ônibus com mulheres para enfrentar 15 ônibus de torcedores vascaínos que vieram para um jogo de risco, como é o caso, foge à lógica simples de qualquer conflito. E se a Polícia Militar se RECUSA a oferecer escolta, os torcedores buscam meios para isso, do jeito que for possível. Quando são brigas premeditadas todos que estão presente sabem dos riscos que correm, e, se respondem com o corpo rasgado, braços quebrados, dentes perdidos, pontos na cabeça ou na forma da lei, é opção deles. Na quarta corinthianos lutaram pelas suas vidas. Na proporção de 10/1. Os que serão acusados de formação de quadrilha são inocentes nesse caso, e se não tivessem lutado poderiam agora estar juntos ao Cleyton. O promotor discursa como se tivesse inventado a roda ao dizer que “descobriu” que a torcida do Vasco viria para a sede da torcida do Palmeiras em São Paulo. Parabéns promotor, você descobriu o que a Força faz há 20 anos. E ainda confundiu as coisas, já que não existe problema em torcidas desenvolverem relações cordiais. Se não fossem amigos seriam inimigos. O problema é outro. É ter uma trabalho de inteligência BURRO. Que não permite que uma torcida receba a outra e que não monitora os movimentos daqueles que poderiam se envolver em conflitos. Melhor se a Força tivesse ido para a Mancha, como sempre fez, e o trabalho da polícia e do tal promotor fosse bem feito. Mais do isso. Ele elogia o trabalho da polícia incompetente, incapaz de poupar seus próprios esforços. Os policiais que deveriam escoltar os ônibus da torcida do Vasco não deram conta de segurá-los. E não enviaram uma única moto para a Rua São Jorge para escoltá-los. Um único policial, com uma moto e um rádio seria capaz de ter evitado o ocorrido. Uma simples comunicação seria capaz de de desviar os caminhos e evitar o encontro. Mas o que acontece? O que está por trás? A POLÍCIA E O TAL PROMOTOR NÃO RECONHECEM A RUA SÃO JORGE COMO TORCIDA. É piada? Se inspiraram em Israel e no Hamas? Um cidadão que outro dia descobriu que as torcidas existem e rendem fama não reconhece torcedores que há mais de 20 anos viajam pelo Brasil inteiro acompanhando o Corinthians!!! Pasmem. Eles escolhem quem deve e quem não deve ser reconhecido. Mas quem se responsabiliza pela morte de mais um trabalhador? Sim, intergrantes de torcida em sua grandíssima maioria são trabalhadores com carteira assinada, residência fixa e que deveriam ser tratados de outra forma. O conflito entre as torcidas do Vasco e do Corinthians é antigo. As primeiras estórias que chegam aos nossos ouvidos versam sobre um jogo em 1987 em São Januário, em que corinthianos passaram aperto para conseguir assistir ao jogo naquele estádio. Depois de lá, um único momento de diálogo em 1994, num jogo também em São Januário. Mas muito mais conflitos, pedradas, roubo de bandeiras, tiros e outros incidentes. O pseudo-promotor deveria se atentar a isso, não à relação de cordiallidade entre a Mancha e a Força. Deveria se preocupar em escoltar todos os que poderiam se envolver em um conflito. Deveria promover o diálogo, o entendimento, a paz. Entender as razões por trás da loucura e tentar desmontá-la. É tão incompetente quanto a polícia militar, que (rir para não chorar) não reconhece a Rua como torcida, por não ter CNPJ. Se aqueles não são torcedores organizados, queria saber quem é! Dessa vez foi acidente, casual, não-intencional, não-premeditado. O que ocorreu foi graças ao fato de existir um longo histórico de conflitos entre as torcidas. Que foi ignorado em nome daquilo que essas pessoas desqualificadas acreditam ser verdade, de maneira arrogante, sem diálogo, sem respeito. A morte de quarta-feira deveria ter sido evitada e a responsabilidade é de um trabalho ignorante e preconceituoso. Agora a geração de torcedores do Corinthians que vivenciou esse episódio continuará se armando para as próximas batalhas, porque para quem acompanha seu time Brasil a fora a realidade é essa, cruel, mas desse jeitinho. A falta de vida inteligente dando as cartas em um problema tão sério me deixa desesperançoso quanto ao futuro. Mais repressão, mais violência, torcedores na cadeia ou leis estúpidas. Vai querer jogo de uma torcida só para jogos entre times do Rio e de São Paulo, promotor? Vai assinar embaixo a incompetência do Estado em dar segurança aos torcedores e fechar as arquibancadas? É esse o seu trabalho? É muita desqualificação, isso sim. Eu acuso Paulo Castilho e a Polícia Militar de São Paulo. Fora tratante, volta Coronel Resende!