A Folha sempre tropeça em Sarney. Um dia cai
Por ALBERTO DINES
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=534IMQ001
Quando colunista da Folha de S.Paulo candidata-se ou assume um cargo público com visibilidade nacional é obrigado a deixar a coluna. Já aconteceu uma dúzia de vezes com figuras expressivas da vida nacional e, mesmo que os respectivos fãs-clubes esperneiem, aumenta o respeito do leitor fiel, atento aos procedimentos deontológicos do seu jornal.
A exceção à salutar prática tem sido José Sarney. O ex-presidente da República, senador amapo-maranhense, agora presidente do Senado e, portanto, chefe do Legislativo, resiste a qualquer norma moralizadora. Está no seu DNA, é o seu encanto.
A direção da Folha parte do pressuposto que não tem contas a prestar. Teoricamente, teria apenas aos acionistas. Como se verificou nas últimas semanas, e em diversos episódios, este tipo birra (vá lá) ou prepotência não fez bem à saúde de um jornal. Os leitores perceberam os vacilos, o próprio jornal os registrou.
Quando se trata de um grande jornal – caso da Folha – o bonapartismo só o apequena. E quando este bonapartismo junta-se a ilícitos e irregularidades, o jornal torna-se cúmplice.
Caso perdido
Sarney está em todas, é um caso perdido, não consegue conviver com a retidão. Sua eleição pelo estado do Amapá foi irregular, seu império jornalístico é irregular, suas ligações com o Banco Santos eram irregulares, o indecente curral eleitoral que instalou no Maranhão é irregular e sua filha retornou ao governo do Maranhão no tapetão, tremenda irregularidade. Ela perdeu a eleição e se o ganhador foi condenado por crime eleitoral, que se faça nova eleição.
Isto foi dito de forma contundente pelo editor de “Brasil” – a editoria política da Folha – Fernando de Barros Silva, na nobilíssima página 2 de segunda-feira (20/4).
É verdade que Sarney, bom malandro, não tem usado a coluna que assina (e raramente escreve) para defender de forma ostensiva os seus interesses. Usa-a como disfarce para um pretenso bom-mocismo. Mas a sua presença no jornal coloca automaticamente sob suspeição qualquer notícia ou comentário a seu respeito. Mesmo desfavorável – e não poderia ser diferente -, o leitor sempre encontrará motivos para imaginar que o texto foi atenuado ou minimizado para atender ao amigo “da Casa”.
O processo de desmoralização do Congresso materializou-se a partir de 3 de fevereiro, dia seguinte à eleição da dupla Sarney-Temer para presidir as duas Câmaras. E só tende a crescer porque desta vez, ao contrário dos escândalos anteriores, tem sido formidável a contribuição da esmagadora maioria dos 594 parlamentares.
A cada dia, um escândalo; a cada escândalo, a lembrança de que a figura central do esquema é colunista da Folha.
No dia em que Sarney for acertado pelos doidos bumerangues que zunem nos corredores brasilienses, vai sobrar para a Folha.
Este verdadeiro ladrão e sua tropa ao menos poderiam construir e mobiliar com ferramentas modernas;hospitais , pronto socorros, escolas, etc , fora o modernizar a cultura de trabalho do estado maranhense, mais não rouba, rouba, roubaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.
Com isto o povo passa necessidade é manipulado, enviado para São Paulo- capital e estado, aumemntando a massa desfavoracida e tome culpa no governador, no prefeito da capital e nos prefeitos das demais cidades.
Em Tempo: Este fato ocorre na maioria dos estados deste Brasil, brasileiro.
Acorda , Brasil,
zamperetti fiori
cidadão e, ex-árbitro de futebol
Depois do editorial em que chamou a sangrenta ditadura brasileira(1964-1985) de ” Ditabranda”, nada mais espanta na decadente Folha de S.Paulo!
O Dines é um oásis no jornalismo brasileiro.
A Folha de São Paulo será, num breve futuro, um tablóide (sim, será diminuído numa patética tentativa de reduzir custos para sobreviver) completamente irrelevante. Quem conhece a história desse jornal, não dirá “Que pena…”
Parabém Paulinho! Posts como esse me farão retornar por aqui! Espero que torcedores “apaixonados” pelos seus clubes tirem algum proveito dessas informações, embora ache muito dificil desalienar uma pessoa que “ama” uma instituição com fins lucrativos apenas para seus dirigentes e empresários de jogadores. mas enfim….
O que é pior e mais sujo: o Sarney ou a Folha? Ambos se merecem e fazem parte do mesmo time.