Por JUCA KFOURI

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O São Paulo jogava mal, muito ansioso, confundindo pressa com rapidez.

Eu também não via bem, porque no ar, no CBN EC para todas as praças com exceção de São Paulo.

E o São Paulo tomou um golpe desses que costumam ser fatais: aos 38 minutos do primeiro tempo, uma falta cobrada sem maiores intenções foi posta para dentro do gol por Rogério Ceni, terceiro gol seguido que o tricolor leva por sua causa.

Não foi fácil para recuperar o equílibrio.

Mas o time se recuperou, mandou bolas na trave com Washington e André Dias, pressionou,  sempre com apoio da massa que compareceu em grande número (47 mil torcedores) para ver a classificação antecipada às oitavas-de-final.

Que viu, que veio, com ele, com Borges, como sempre autor de gols salvadores.

O primeiro aos 26, com o peito do pé direito, em posição de impedimento.

O segundo, três minutos depois, ao se aproveitar de uma falha bisonha da defesa uruguaia.

Foi sofrido, mas foi justo.

Foi como costuma ser, enfim, na Libertadores.

Ninguém saiu triste do Morumbi.

Três observações, às 23h55, depois de rever ainda mais cuidadosamente o lances capitais da partida:

1. no gol uruguaio, um atacante do Defensor, em posição de impedimento, daqueles em que o auxiliar tem o direito de deixar seguir, participa claramente do gol, embora não tenha sido responsável pela falha de Rogério Ceni;

2. os são-paulinos reclamam de um pênalti em Washington que não ficou claramente caracterizado, embora se tivesse sido marcado não seria nenhum absurdo;

3. Borges estava mesmo em posição de impedimento, mas noutro lance em que o bandeirinha tem o direito de deixar correr.

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