Da Folha de São Paulo
Por JUCA KFOURI
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Basta de intermediários! Dunga não tem se mostrado à altura das novas exigências do negócio do futebol
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DUNGA AINDA é amador.
Não entendeu patavina sobre como anda o futebol.
Se convoca Jô e o Manchester City agradece e deixa Marcelo de fora para chamar Kléber em assumida, publicamente, má fase, tanto o Santos quanto o Hamburgo também agradecem.
Mas é pouco e é malfeito, muito óbvio, sem sutileza.
Pior, Dunga ainda acha tempo para ter idiossincrasias, acha de brigar com Ronaldinho para depois ter de engoli-lo, faz malcriação para Kaká e só não terá de aceitá-lo em breve porque em breve o Chile deverá devolvê-lo ao estágio anterior, o de vociferante crítico da falta de atitude, como se ele mesmo não tivesse emasculado sua imagem.
Melhor, disparado, será ter Vanderlei Luxemburgo no comando da $eleção brasileira.
Homem moderno, atualizado com o que o há de mais rentável no futebol, mestre do custo/benefício, capaz de usar diversos chapéus, inúmeras gravatas, relógios sem fim, boca suja é verdade, que também maltrata a última flor do Lácio, mas, hoje em dia, neste Brasil, quem não a maltrata?
E, afinal, todos têm o direito de dar sua volta por cima.
Não pense você, raro leitor, que esta coluna busca ser maliciosa ao apoiar Vanderlei Luxemburgo para o posto, como para desencorajar Ricardo Teixeira e, quem sabe, levá-lo a convidar Paulo Autuori, de imagem cristalina.
Nada disso mesmo.
Primeiramente, porque o colunista tem sérias dúvidas sobre a química entre o cartola e o treinador. Depois, porque Vanderlei Luxemburgo da Silva, como Carlos Alberto Silva, que dirigiu a seleção em 1988/ 1989, é um nome bem mais brasileiro que Carlos Caetano Bledorn Verri, o nome de Dunga, mistura de alemães com italianos.
Com ele, além do mais, voltaremos aos tempos do técnico que sabe a quem agradar na imprensa, a quem dar uma notícia exclusiva, escorregar uma convocação numa noitada regada a bons vinhos, afinal a bebida predileta de quem tem bom gosto ou é emergente, novos-ricos que bebem pelo preço e, aí, esquecem o custo/benefício.
Uma piscadela aqui, outra ali, uma puxadinha de tapete numa palestra, a amizade de Ricardo, um beijo na bochecha do cartola e dos mais próximos a ele, “jornalistas”, inclusive, e pronto! A $eleção passa a viver um novo astral e, mesmo que as coisas não saiam imediatamente bem, não tem importância, porque, afinal, a Copa de 2014 será aqui e até dormir no Palácio da Alvorada o homem, de pijamas de seda, já dormiu.
O sono dos justos, diga-se, dos que não devem, têm a consciência tranqüila e só querem o bem, jamais os bens, do futebol bra$ileiro.
Esta coluna apóia!
Esse Juca!
Dou boas risadas aqui …
Sim …pq é rir, pra não chorar!
“que também maltrata a última flor do Lácio”
Isso também serve para o Paulinho.
Parabéns pelas palavras.O que será do Jornal Nacional e do locutor brasileiro com Dunga… Precisamos de um técnico amigo… de preferência aquele mesmo derrotado pelo México na Confederations CUP 99 e por Camarões nas Olimpíadas de Sidney 2000.
A se observar as ultimas convocações e negociações para o exterior, evidentemente Muricy deverá ser indicado por Ricardo Teixeira.
Ótima coluna!
Brilhante!