O árbitro Paulo Cesar de Oliveira surgiu como uma revelação.

Conhecedor das regras, apitava com energia e qualidade.

O tempo foi passando e seu nome foi crescendo.

Seu sonho de ser escolhido para o quadro da FIFA se aproximava.

Eis o problema.

Não há hoje, nesse mundo de relacionamentos cada vez menos transparentes do futebol, juiz que tenha conseguido chegar a FIFA sem a ajuda de cartolas.

E para isso, no mínimo, deve-se mudar o estilo de apitar.

Fui a uma palestra, em 2007, em uma associação de árbitros.

Paulo Cesar de Oliveira discursou.

O conselho que deu aos árbitros foi: “Não apitem tudo o que acontece. Árbitro que apita tudo erra mais do que os outros. Quanto menos utilizarem o apito, menor a chance de erro.”

Traduzindo: Não cumpram a regra, o que importa é manter a imagem.

O sistema do poder no futebol proporciona esses absurdos.

O árbitro tem que optar.

Se for honesto e resolver aplicar as leis do jogo como deve ser feito, estará condenado a ser juiz de campeonatos regionais.

Agora, se for político e apitar de acordo com as normas preestabelecidas pelos cartolas do futebol chega à CBF ou até na FIFA.

Quanto aos erros, não tem problema, as confederações e departamentos de árbitros os protegem.

Que outra explicação teríamos para alguém como Carlos Eugênio Simon apitar duas Copas do Mundo ?

Leia abaixo o teor da mentirosa sumula de Paulo Cesar de Oliveira.

Nela ele afirma que o goleiro Marcos, do Palmeiras, agrediu o atleta do Bragantino com um pontapé enquanto o mesmo estava deitado no gramado.

Chega a ser uma aberração.

Se o Tribunal se basear apenas no teor do documento, Marcos pode pegar uma pena muito grande.

Enquanto o mentiroso pode ser premiado com uma Copa do Mundo para apitar.

O futebol tem que parar para balanço.

sumula11.jpg

Facebook Comments